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Strain do AE na avaliação da função diastólica

  • Foto do escritor: Antonio Calvilho
    Antonio Calvilho
  • 12 de abr. de 2022
  • 2 min de leitura

Será que agora vai?


Em 2021 Inoue K et al. publicaram um artigo que comparou o strain do AE com as pressões de enchimento do VE e até com elementos miocárdicos como no caso do SGL (strain global longitudinal) do VE.



Apesar de uma séria de limitações quanto ao desenho do estudo, como por exemplo uso da pressão diastólica final do VE com linha de corte de 12 mm Hg para se atribuir elevação das pressões de enchimento (assunto complexo que não versarei hoje), o estudo demonstrou sim alguma utilidade para o strain do AE.





Na própria publicação os autores já recomendaram o uso do strain do AE para diferenciar os casos que seriam inconclusivos pela avaliação consensual vigente (consenso de 2016 - ASE-EACVI). O interessante é que a publicação trouxe novos números para linhas de corte diagnósticas, sao eles:


  • Strain do AE - Função Reservatório < 18%


  • Strain do AE - Função Bomba <8%


  • Strain do AE - Função Bomba > 14%


E o que significam estes números? Bom... seria algo assim:


"se em um paciente com critérios clássicos inconclusivos para elevação das pressões de enchimento a função reservatório estiver <18% ou a função bomba estiver <8% então pode-se mudar de inconclusivo para disfunção diastólica de grau II (disfunção diastólica com elevação das pressões de enchimento do VE).


Além disso, os autores colocaram uma espécie de linha de corte para pressões de enchimento normal em pacientes com FEVE preservada. Ou seja, pacientes com FEVE preservada e Strain do AE função bomba > 14% provavelmente não tem elevação das pressões de enchimento do VE (quando as variáveis de avaliação clássicas resultarem indeterminado).


A contribuição deste trabalho é nos dar verdadeiros números, que indicam alterado ou não, para a análise do strain do AE, na interpretação deste como um teste diagnóstico. É importante entender as diferenças entre valores de normalidade na população geral e linhas de corte diagnósticas de um teste.


Isto pode ser facilmente compreendido pelo seguinte fato, os valores de limite inferior da normalidade do strain do AE são 39 para função reservatório e 17 para função bomba. Percebe-se então que os valores de normalidade podem estar alterados, porém nem sempre isto vai indicar elevação das pressões de enchimento, pois isto só poderá ser afirmado no referido contexto e em valores abaixo de 18 e 8 respectivamente.


Este trabalho influenciou no mesmo ano um consenso de especialistas da EACVI e vou comentar em breve. Não perca.


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